Braço social do Atlético, o Instituto Galo completou quatro anos no último domingo (8) e mais de 600 mil vidas transformadas. Entre elas, a de Valentina Andrade, de nove anos, que encontrou a música em um projeto do IG que lhe acolhe e dá esperança.
Valentina enfrenta a doença falciforme, uma condição genética que afeta a forma e o funcionamento das hemácias (glóbulos vermelhos do sangue). Ela convive com crises constantes, internações e a necessidade de cuidados diários rigorosos.
“A minha saúde está ótima, mas eu preciso tomar remédios todos os dias. Além disso, eu sempre tenho que me hidratar e lembrar de tudo sozinha. Porque se eu não tomar, vem a crise alérgica, é uma dor horrorosa. Às vezes, preciso ser internada e tomar morfina”, contou Valentina.
Mãe de Valentina, Bianca Andrade contou que as situações pioram no frio, pois as veias se contraem e dificultam o fluxo: "Isso causa dores intensas, principalmente nas articulações. Já teve vezes em que ela ficou com a hemoglobina a 4,5 e ainda assim estava rindo e brincando comigo. Ela é minha salvação”, afirmou.
UMA HISTÓRIA GIGANTE 🖤⚪
— Instituto Galo (@InstitutoGalo) June 8, 2025
Hoje o Instituto Galo completa 4 anos! 🎉
Desde a fundação, foram muitas histórias vividas com o Galo e com a Massa.
Vencemos, aprendemos, crescemos. Sempre juntos. 🤝✨
Obrigado, torcedor!
Você sempre foi o nosso principal jogador.
É a sua energia… pic.twitter.com/dfsiW1NjJb
Música que transforma a vida de Valentina
Através do Instituto Galo, Valentina entrou em um projeto musical e se encontrou pelos instrumentos, principalmente violoncelo, piano e violino. Com a música, ela vê uma forma de aliviar a dor física e emocional.
“As músicas me ajudam a ter alegria, a esquecer a dor. Me deixam feliz e relaxada. Eu aprendi a ouvir música que eu gosto, músicas calmas, que me fazem bem”, disse Valentina.
A relação de Valentina com a música começou antes dela nascer. A mãe tocava flauta e violão para ela ainda na barriga. Quando nasceu, ouvia a mãe tocar para ela dormir, o que fez o interesse musical crescer: “Eu vi minha mãe tocando e quis aprender também. Quando cheguei ao Instituto Galo e vi os instrumentos, fiquei doida!”, disse a jovem.
O momento mais marcante até aqui foi quando Valentina tocou a "Brilha Estrelinha" pela primeira vez. A música era tocada pela mãe para ela dormir quando mais nova.
“Eu chorei. É uma emoção que eu não sei nem explicar”, contou Bianca. Valentina revelou que sonha em ter um dia uma loja de intrumentos e realizar os sonhos ao lado da mãe.
“Ela é a definição de resiliência para mim. Quando eu vejo tudo o que ela ou e ainda assim continua sorrindo, aprendendo, sonhando… eu me espelho nela. Queria ser um terço do que ela é”, declarou Bianca.
O Projeto Musical Instituto Galo, do qual a Valentina participa, é apresentado por meio da Lei de Incentivo à Cultura e oferece aulas de musicalização para 120 crianças e adolescentes que vivem no entorno da Arena MRV.