Uma ação conjunta do Tático Móvel do 22º e do 13º Batalhões da Polícia Militar resultou na apreensão de um adolescente e na descoberta de uma fábrica artesanal de submetralhadoras no bairro Taquaril, em Belo Horizonte. A operação teve início após a abordagem do jovem no bairro Primeiro de Maio, onde ele realizava a entrega de crack e o recolhimento de dinheiro do tráfico.
Durante a abordagem, o adolescente confirmou à polícia que exercia essa função no tráfico e revelou seu endereço, localizado no Taquaril. A equipe se deslocou até o local, onde foi recebida pela mãe do jovem, que autorizou a entrada dos militares, mas nada foi encontrado no local.
Trabalho da PM 6c6219
Ainda durante a ação, os policiais notaram um cheiro forte vindo de um barracão ao lado. Ao inspecionarem o imóvel vizinho, os militares localizaram uma grande pedra de crack e diversos materiais típicos de fracionamento da droga.
No local, policiais também descobriram uma estrutura para montagem de armas artesanais. Foram encontradas três submetralhadoras prontas, carregadores em estágio avançado de fabricação, além de uma furadeira de mesa, equipamento que chamou a atenção da corporação.
De acordo com a PM, o adolescente afirmou que recebia uma quantia mensal para armazenar e fracionar o crack, além de realizar entregas no Primeiro de Maio. Ele também revelou que participava da montagem final das submetralhadoras, que chegavam parcialmente prontas ao local.
"Ali não era feito o corte ou modelagem das peças, mas sim a fase final da produção", explicou tenente Paiva à imprensa. A informação levanta a possibilidade da existência de outro ponto de fabricação de armas, que ainda não foi localizado.
Tipo de crime não é novidade em BH n566g
A PM destacou que a fabricação de armas artesanais não é exatamente uma novidade na capital mineira. "Não podemos falar em crescimento (das fábricas), porque isso já acontece há bastante tempo. É uma prática recorrente devido ao alto custo de armas de fogo no mercado ilegal", afirmou o policial.
Outro ponto que chamou atenção foi a atuação do adolescente fora do bairro em que morava, algo comum segundo a polícia. “É comum que determinadas regiões ‘importem’ menores para atuar no crime, quando há escassez de mão de obra local”, explicou o militar.